quarta-feira, abril 26, 2006

 

Se a gente soubesse escrever...


Se tivéssemos competência, escreveríamos um post sério como o que segue:
Terminamos de assistir a mini-série da rede bobo sobre o ex-presidente JK. Na mini série, o mesmo é mostrado quase como um herói, e até pode ter sido mesmo um grande estadista, um dos maiores presidentes que já tivemos, mas é fato que em oposição a este, Jânio Quadros e João Goulart foram eleitos e segundo o rito da época, empossados em 31 de janeiro de 1961.

Toda a campanha de Jânio estava montada em cima de: Varrer a corrupção de Brasília.
Não foi o que vimos na mini série, e nem dá para saber se era real essa corrupção toda, mas que esse tema deu a vitória a Jânio, isso é óbvio. Jânio assumiu a presidência da República, herdando de Juscelino Kubitschek um país em acelerado processo de concentração de renda e inflação. O que dá para ver que esses fatos não são novos e nem exclusividade de nossos tempos.

Para derrotar a inflação, Jânio adotou uma política econômica ditada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional): restringiu o crédito e congelou os salários. Com isso, obteve novos empréstimos, mas desagradou ao movimento popular e aos empresários. No entanto, a inflação não foi extirpada.

Até aí nada de novo. Uma vez empossado, Jânio tomou medidas um tanto controvertidas. A proibição do uso de biquínis nas praias é o maior exemplo desses atos governamentais. No plano externo, exerceu uma política não alinhada. Apoiou Fidel Castro diante da tentativa fracassada de invasão da Baía dos Porcos pelos norte-americanos. Em 18 de agosto de 1961, condecorou o ministro da indústria de Cuba, Ernesto "Che" Guevara, com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta comenda brasileira. Além disso, Jânio rompeu com o partido que o elegeu, a UDN (o partido era o representante das elites).

Pressões norte-americanas e da UDN provocaram freqüentes atritos entre o Presidente e o Congresso Nacional. No dia 24 de agosto de 1961, Carlos Lacerda, Governador da Guanabara, denunciou pela TV que Jânio Quadros estaria articulando um golpe de Estado. No dia seguinte, o Presidente surpreendeu a nação: em uma carta ao Congresso, afirmou que estava sofrendo pressões de "forças terríveis" e renunciou à presidência. Quando da renúncia, o Vice-presidente João Goulart estava fora do país, em visita oficial à China. O Presidente da Câmara, Ranieri Mazilli, assumiu a presidência como interino, no mesmo dia, 25 de agosto. A UDN e a cúpula das Forças Armadas tentaram impedir a posse de Jango, por estar ele ligado ao movimento trabalhista. Os ministros da Guerra, Odílio Denys, da Marinha, vice-almirante Silvio Heck, e o brigadeiro Gabriel Grún Moss, da Aeronáutica, pressionaram o Congresso para que considerasse vago o cargo de Presidente e convocasse novas eleições.

O governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, encabeçou a resistência legalista, apoiado pela milícia estadual. Em seguida, criou a Cadeia da Legalidade: encampou a Rádio Guaíba, de Porto Alegre, e, transmitindo em tempo integral, mobilizou a população e as forças políticas para resistir ao golpe e para defender a Constituição. As principais emissoras do país aderiram à rede, e a opinião pública respaldou a posição legalista. Em 28 de agosto de 1961, o general Machado Lopes, comandante do 3º Exército, sediado no Rio Grande do Sul, também declarou apoio a Jango (como era chamado o Vice João Goulart). Em 2 de setembro, o problema foi contornado: o Congresso aprovou uma emenda à Constituição (Emenda No. 4) que instituiu o regime parlamentarista, no qual os poderes se concentram primordialmente nas mãos do Primeiro-ministro, esvaziando sobremaneira os poderes presidenciais. Jango tomou posse, mas sem os poderes imanentes ao regime presidencialista.

Isso mostra como funciona a coisa, para que o Vice-Presidente que era ligado as forças trabalhistas assumisse, foi preciso que se tirasse do mesmo o poder e o transferissem ao congresso com a alteração do sistema de governo para o parlamentarismo, onde o Presidente é apenas o chefe de estado, ficando o governo com o congresso. Vamos continuar com a lição de História, para mostrar que as coisas se repetem, e que hoje o Governo Brasileiro é o maior opositor e líder da América Latina contra a ALCA, que é uma tentativa sinistra dos USA, para deixar o restante a América a mercê da sanha dos EUA.

Só isso já bastaria para que tanta pressão e tantas coisas acontecessem na tentativa de colocar no governo um partido ou pessoa que de bom grado entregasse o mercado brasileiro aos USA sem receber nada em troca, a amostra disso já foi feita na época das privatizações. Se nas ultimas eleições o resultado tivesse sido outro, já estaríamos com nosso país entregue e assinado o acordo com a nefanda ALCA. Perguntem dos mexicanos se eles estão satisfeitos com a participação do México no NAFTA??? A ALCA estende isso para todo o nosso continente.

Se estiverem achando chato o assunto, avisem, e paramos, certo???? Se não, iremos continuar... Mostrando um pouco da História recente, que mostra muito claramente o por que de muita coisa que está acontecendo agora... Isso é, se entendessemos disso...

O que hoje gera a compra de votos, é que temos como regime de governo o Presidencialismo, mas temos uma Constituição Parlamentarista. E o Presidente fica escravo do congresso, e como nossos congressistas são “ótimos” e muito honestos, ou se paga pelo votos deles ou nada é votado... É mais ou menos por aí que a banda toca...

Como não entendemos nada disso, foi só um monte de bobagem que colocamos aqui apenas para encher o espaço...

Tico

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